“O ciúme é como a pimenta: um bocadinho anima, demais estraga a refeição.”
A definição é da psiquiatra italiana Donatella Marazziti, que dedicou os últimos anos do seu trabalho a estudar a paixão e o amor e como o ciúme pode destruir ou ajudar uma relação!
Segundo Donatella, o ciúme pode ser:
- Um detector de ameaças - Ele pode indicar que há algo de errado na relação, e quem for inteligente saberá usá-lo para melhorar. É o equivalente a uma dor física, que nos alerta para qualquer coisa que tem de ser resolvida.
- Inevitável - Não adianta negar: todos os apaixonados são ciumentos. Faz parte do amor ter medo de perder quem se ama. Mas isso não quer dizer que se deixe o ciúme controlar a nossa vida.
- Excessivo - Anda a bisbilhotar o computador dele (ou dela), a revirar-lhe os bolsos, a ler-lhe as SMSs? Controla-lhe a vida, sabe todos os passos que dá e as pessoas com quem anda, e nem pensar em estar com amigos sem si? Provavelmente, o ciúme já se tornou doentio, e a relação está transformada numa prisão. Uma coisa são ciúmes, que existem em paralelo com o amor, outra o sentimento de posse, que pode existir mesmo quando as pessoas já não se amam...
- Egoista - Segundo Donatella, o foco do ciúme normal é o parceiro, que se teme perder. O foco do ciúme patológico é o próprio ciumento.
Cinco tipos de ciúme
1 - Ciúme Charlie Brown - É o ciúme depressivo, associado à baixa autoestima. Geralmente, este tipo de ciumento não toma grandes medidas para resolver a situação, sofre sozinho e acha que mais dia menos dia vai mesmo ser traído. Se continuar assim, não é de estranhar que isso aconteça...
2 - Ciúme Hamlet - É o ciúme obsessivo. Passa a vida ‘em cima' do parceiro, é o tal que vira computador, facebook, telemóvel e gavetas e pente fino à procura de provas. Há poucas relações que resistam a isto, porque este tipo do ciumento acaba mesmo por empurrar a outra pessoa para fora da relação. É uma espécie de auto-profecia.
3 - Ciúme Otelo - É o ciúme paranóico: acha sempre que se estão a passar uma data de coisas nas suas costas, e cobra todos os momentos da relação: ‘se eu fiquei em casa no último sábado para te fazer companhia, também tens de ficar comigo hoje'.
4 - Ciúme Vidro - É o ciúme hipersensível: qualquer levantar de sobrancelha as fere, qualquer palavrinha mal escolhida o põe em estado catatónico, qualquer olhar na direcção da Ritinha lhe diz que a ama de paixão, mas sofre em silêncio porque nem pensar nisso é bom.
5 - Ciúme Ansioso - Não nasce de qualquer tipo de desconfiaça, mas da própria ansiedade do ciumento. É uma relação vivida em stresse, que deixa a pessoa em constante estado de alerta.
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